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Hoje é Sexta-feira, 26 de Dezembro de 2025.
Mato Grosso do Sul registrou 79,6 mil empresas inadimplentes em maio deste ano. Entre as 27 unidades federativas do País, o Estado aparece como o 16º com maior número de empresas com contas em atraso, cenário que segue tendência de elevação neste ano. Na Região Centro-Oeste, MS aparece com o menor número de negativados.
De acordo com os dados da Serasa Experian, entre janeiro e maio deste ano, 2.788 CNPJs entraram no cadastro negativo do Estado. No primeiro mês do ano, Mato Grosso do Sul registrava 76.812 CNPJs com contas em atraso, número que, apesar de relativamente baixo, vai na contramão do cenário nacional, que mostra desaceleração no montante de inadimplentes.
O mestre em Economia Eugênio Pavão explica que a inadimplência tem como base dívidas com o governo, e a situação demonstra a predileção por cumprir outros compromissos, tendo em vista que o cenário atual de juros altos provocou a necessidade de escolha.
“Os empresários têm como prioridade o pagamento de pessoal e fornecedores, entre outros”, exemplifica.
Para o economista Eduardo Matos, a inadimplência se deve principalmente ao cenário macroeconômico.
“Hoje temos uma taxa de juros alta, que impacta em contratos que as empresas têm firmados com taxa de juros variáveis. Além disso, há a questão da inflação de custos, que é o encarecimento dos insumos, o que faz as empresas repassarem para os preços de venda, que, por sua vez, afastam o consumo”.
Matos explica que, como forma de manter nível aceitável de demanda, as empresas decidem reduzir suas margens de lucro, o que em médio e longo prazo prejudica o fluxo de caixa e, consequentemente, acaba levando à inadimplência.
“Faz meses que esse cenário se repete e somente poderá haver uma reviravolta quando a taxa de juros reduzir, o que será possível somente após a pressão inflacionária deixar de ser uma ameaça à economia brasileira”, projeta Matos. (correiodoestado)
