Pré-candidatura de Barbosinha pode rachar o grupo do Governo do Estado

O lançamento da pré-candidatura do vice-governador Barbosinha à sucessão do prefeito Alan Guedes, ambos do PP, surpreendeu os meios políticos de Dourados. Embora fosse uma forte hipótese no intrigado tabuleiro da política douradense, a informação em entrelinhas de matéria publicada, ontem (15), no jornal Douranews pareceu estratégica, em meio às negociações de filiação do ex-deputado Marçal Filho ao PSDB, que há pouco deixou o PP.

Informações apuradas pela Folha de Dourados sinalizam que independentemente de Marçal Filho disputar a Prefeitura pelo PSDB, Barbosinha construirá outra frente, agregando partidos e lideranças insatisfeitas com a indefinição e preocupadas com a possível reeleição de Alan Guedes.

Barbosinha, inclusive, poderia encabeçar uma frente ampla no PSB, o que ampliará o espectro político de sua coligação – da direita, passando pelo centro até à centro-esquerda. Nesse caso, o grupo do ex-governador Reinaldo Azambuja e do atual, Eduardo Riedel, ambos do PSDB, estará rachado.

É evidente que tem muita água para passar debaixo da ponte do Rio Dourados e os articuladores do PSDB tentarão unificar a candidatura. Além de Marçal e Barbosinha há outros três pré-candidatos “puro-sangue”: os deputados Zé Teixeira, Lia Nogueira e Geraldo Resende.

Em recente entrevista à Folha, o principal articulador do PSDB em Dourados, Zé Teixeira disse que o candidato do grupo do Governo do Estado será definido por pesquisas quantitativa e qualitativa. Na primeira, hoje Marçal leva, na segunda, pelo histórico e currículo deve dar Barbosinha ou Geraldo Resende. Nesse caso, qual seria o critério de desempate?

Enquanto isso, Alan Guedes e o PT comemoram, já que a pulverização de candidaturas os fortalece, ainda mais com a base do governo do Estado rachada.