A líder do Progressistas (PP) na Câmara, Tereza Cristina, discutiu ontem com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a devolução da Medida Provisória (MP) n° 1.202/2023, conhecida como MP da Reoneração. A parlamentar destacou ao Correio do Estado que a MP, tal como está, causou "congelamento" nos investimentos de grandes empregadores, sendo criticada pelo setor produtivo.
Representantes do setor em Mato Grosso do Sul alertaram para o impacto negativo na economia, prevendo redução de investimentos e aumento do desemprego devido ao aumento inesperado da tributação. Segundo o correiodoestado, Tereza Cristina sugeriu a devolução da MP, argumentando que não faz sentido após ter sido rejeitada pelas duas Casas do Congresso.
A senadora enfatizou que, exceto os líderes do governo, todos aconselharam Pacheco a devolver a MP, pois a medida contradiz a desoneração da folha aprovada anteriormente. O presidente do Senado ficou de ouvir líderes partidários ausentes na reunião antes de decidir. Tereza Cristina sugeriu a devolução integral da MP e a posterior discussão de pontos de interesse do governo.
Setores impactados pela reoneração expressaram preocupação. O vice-presidente do Sinduscon-MS, Kleber Luis Recalde, considerou a medida equivocada, prevendo dificuldades e revisão de investimentos. Representantes da construção civil e transporte de cargas alertaram sobre cortes de custos afetando o emprego. O setor calçadista, já debilitado, teme repassar custos ao consumidor e diminuir as vendas.
O presidente do Secovi-MS, Geraldo Paiva, pediu apoio do governo para redução de custos, enquanto o diretor do Setlog-MS, Dorival de Oliveira, apontou impactos negativos e possível redução de equipes. A MP da Reoneração continua a gerar preocupações e debates acalorados entre os setores econômicos e políticos.