| Naviraí/MS - Sábado, 20 de Abril de 2024

Deltan se defende: ‘Usam mensagens sem critério’


O ex-deputado se manifestou por causa de Fake News divulgadas pela imprensa
Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Operação Lava Jato Fernando Frazão/Agência Brasil Por: Walter Azzolini | 21/07/2023 18:20

O ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol teria negociado em sigilo com as autoridades norte-americanas um acordo para dividir o dinheiro que seria cobrado da Petrobras em multas e penalidades devido ao caso de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Em um vídeo divulgado no Twitter, ele se defendeu e afirmou que “usaram mensagens sem critério”.

Resumo:

  • As trocas de mensagens entre procuradores suíços e brasileiros fazem parte documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação Spoofing;
  • No decorrer das conversas, teria sido considerado envolver a Justiça americana;
  • Depois, a Petrobras fecharia um acordo com as autoridades norte-americanas para não ser processada.

Algumas mensagens vazadas mostram as conversas, que não foram registradas oficialmente, entre procuradores suíços e brasileiros que ocorreram durante três anos por meio do aplicativo Telegram.

Essas conversas aconteceram por causa da atuação das autoridades de Berna, na Suíça, na busca, confisco e detalhamento das contas usadas como destino das propinas investigadas na Operação Lava Jato. Depois, teria sido considerado estratégico envolver a Justiça americana, que também apurava o caso.

As trocas de mensagens fazem parte dos documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação Spoofing, que apura o caso de hackeamento das conversas entre os procuradores e o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

Mais de dois anos depois das conversas, a Petrobras fecharia um acordo com as autoridades norte-americanas no qual teria aceitado pagar uma multa de US$ 853,2 milhões (cerca de R$ 4 bilhões na cotação atual) para não ser processada.

O trato ainda garantiria que 80% do valor seria enviado ao Brasil, e metade desse montante seria destinado a um fundo privado criado pela Lava Jato. Porém o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes suspendeu a elaboração desse fundo a pedido da PGR (Procuradoria Geral da República).

Depois, o dinheiro foi destinado para a Amazônia e agora o caso é investigado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Assim que esse caso veio à tona, Deltan Dallagnol usou o seu perfil no Twitter para se manifestar. “Todo dia uma nova matéria mentirosa, deturpada, medíocre e preguiçosa, feita sem apuração por jornalistas que usam supostas mensagens sem qualquer critério ético e fechando os olhos pra prática de crimes”, escreveu.

“Não foi feita (a negociação da divisão de dinheiro) sem o conhecimento do Estado brasileiro, porque o Ministério Público é parte do Estado brasileiro. E não tem nada de ilegal no procedimento adotado, porque o acordo com a Petrobras tratava de direitos difusos, o que é atribuição do Ministério Público”, disse o ex-procurador. 

“É claro que eu tratei (o acordo) em sigilo com a equipe da força-tarefa, assim como nós tratamos de vários outros acordos com empresas e colaboradores sempre sem a participação das autoridades do governo, que, em geral, eram delatadas e investigadas pela Lava Jato”, acrescentou. (Istoé)




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