| Naviraí/MS - Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

IPCA cai 0,08% em junho e tem primeira deflação em 2023


País passa a ter uma inflação acumulada de 3,16% na janela de 12 meses. Alimentação e bebidas foi o grupo com maior queda, seguido de Transportes.
Preços de grãos tiveram queda no semestre e trouxeram para baixo o preço de itens como o óleo de soja — Foto: CNA/Wanderson Araujo/Trilux Por: Walter Azzolini | 11/07/2023 14:41

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, caiu 0,08% em junho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa foi a primeira deflação desde setembro de 2022, quando os preços ao consumidor registraram uma queda de 0,29% no mês. Para o mês de junho, foi a menor variação desde 2017, quando também houve recuo de preços de 0,23%. Em junho de 2022, o índice teve alta de 0,67%.

Desde fevereiro, o resultado do IPCA vem em desaceleração gradual. Em maio, o indicador teve um avanço de 0,23%, abaixo das expectativas de mercado.

Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 3,16% na janela de 12 meses. No ano, acumula alta de 2,87%.

Quatro dos nove grupos do IPCA tiveram queda em junho. O indicador geral foi puxado para baixo especialmente pelos grupos de Alimentação e bebidas (-0,66%), e Transportes (-0,41%). (saiba mais abaixo)

Segundo André Almeida, analista do IBGE, os dois grupos são os "mais pesados" dentro da cesta de consumo das famílias e representam cerca de 42% do IPCA. "A queda nos preços desses dois grupos foi o que mais contribuiu para esse resultado de deflação no mês de junho”, explica.

 

Veja o resultado dos nove grupos que compõem o IPCA:

 

 

  • Alimentação e bebidas: -0,66%;
  • Habitação: 0,69%;
  • Artigos de residência: -0,42%;
  • Vestuário: 0,35%;
  • Transportes: -0,41%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,11%;
  • Despesas pessoais: 0,36%;
  • Educação: 0,06%;
  • Comunicação: -0,14%.

 

O principal recuo dentro do grupo de Alimentação e bebidas veio da Alimentação no domicílio, que acumulou queda de 1,07% no mês. O principal item deflacionário foi o óleo de soja (-8,96%), que caiu na esteira da redução dos preços de grãos e outras commodities alimentícias.

“Nos últimos meses, os preços dos grãos, como a soja, caíram. Isso impactou diretamente o preço do óleo de soja e indiretamente os preços das carnes e do leite, por exemplo. Essas commodities são insumos para a ração animal, e um preço mais baixo contribui para reduzir os custos de produção. No caso do leite, há também uma maior oferta no mercado”, explica André Almeida, do IBGE.

O IBGE também destaca quedas relevantes nos preços de frutas (-3,38%), leite longa vida (-2,68%) e carnes (-2,10%). A alimentação fora de casa teve alta de 0,46%, mas desacelerou em relação ao mês anterior, em que havia subido 0,58%.

Outro destaque importante foi mais uma redução do grupo Transportes, com redução de preços de todos os combustíveis. A gasolina, que tem maior peso individual no grupo, teve recuo de 1,14%. O óleo diesel caiu 6,68%. Etanol, 5,11%. Por fim, o gás veicular teve baixa de 2,77%.

As passagens aéreas seguem com alta flutuação subindo 10,96% em junho, depois de queda de 17,73% em maio. Junto com a energia elétrica residencial (ambos com 0,06 p.p.), as passagens trouxeram a maior pressão ao índice geral. (g1)

 




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