| Naviraí/MS - Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Xi Jinping reconhece protestos por Covid zero e ensaia relaxamento


Declaração foi dada por um funcionário da União Europeia sob condição de anonimato
Presidente da China Xi Jinping REUTERS/Tingshu Wang Por: | 28/05/2023 18:08

O presidente da China, Xi Jinping, reconheceu a frustração da população em meio à implacável estratégia de Covid zero de seu governo, disse um funcionário da União Europeia à CNN nesta sexta-feira (2), em seus primeiros comentários conhecidos sobre os protestos que eclodiram em todo o país nos últimos dias.

Xi explicou ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em Pequim na quinta-feira (1º), que os manifestantes eram “principalmente estudantes” que estavam frustrados após três anos de Covid-19 e insinuaram o potencial relaxamento das medidas de prevenção. 

“Xi também declarou que a variante Omicron é menos mortal que a Delta, o que faz o governo chinês se sentir mais aberto a relaxar ainda mais as restrições da Covid”,continuou.

O funcionário falou sob condição de anonimato, citando as normas profissionais europeias.

No entanto, o oficial não confirmou se Xi pronunciou a palavra “protesto” em mandarim, ou disse quais palavras exatamente foram usadas pelo líder chinês para descrever a recente agitação sobre as restrições.

Raras manifestações abalaram a China nos últimos dias, quando o país se aproxima do fim de um terceiro ano de severos controles sobre a vida civil.

A onda de protestos é a maior desde o movimento pró-democracia da Praça da Paz Celestial de 1989. Desde que Xi chegou ao poder em 2012, o Partido Comunista reforçou seu controle sobre todos os aspectos da vida, lançou uma repressão abrangente contra a dissidência e construiu uma alta estado de vigilância.

As observações de Xi ocorrem no momento em que algumas áreas da China mostram indícios de que retirarão algumas restrições da Covid, incluindo a suspensão dos bloqueios e a permissão de alguns pacientes da Covid para a quarentena em casa.

Autoridades estrangeiras notaram a mudança de Pequim nas restrições pandêmicas. A vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman, declarou que os protestos generalizados na China “tiveram um efeito” no afrouxamento de algumas regras da Covid.

Falando em um evento na American University, Sherman observou que as manifestações diminuíram e comunicou que parte do motivo é porque “eles realmente tiveram um efeito”, citando o exemplo da China deixando as pessoas em quarentena em casa.

“Ao mesmo tempo, sou ingênua e os chineses usaram suas forças de segurança para reprimir os protestos”, acrescentou.

“Portanto, esta não é uma boa notícia. Mas os protestos importam”, finalizou.

A partir da próxima segunda-feira (5), as operadoras de transporte público de Pequim não vão mais barrar os passageiros se não tiverem um resultado negativo do teste Covid-19 feito nas 48 horas anteriores, informou o governo municipal em comunicado.

A nova regra, que vale para ônibus e metrô, é uma reversão do endurecimento das medidas de contenção da cidade anunciado há 10 dias.

No entanto, o país ainda não anunciou nenhum roteiro para reabrir e remover suas inúmeras restrições à Covid em todo o país.

O principal funcionário encarregado da resposta à Covid na China informou às autoridades de saúde na quarta-feira (30) que o país enfrentava um “novo estágio e missão” no controle da pandemia.

“Com a toxicidade decrescente da variante Omicron, o aumento da taxa de vacinação e a experiência acumulada de controle e prevenção de surtos, a contenção pandêmica da China enfrenta um novo estágio e missão”, expôs o vice-primeiro-ministro Sun Chunlan, segundo a agência de notícias estatal Xinhua. (CNN)




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